segunda-feira, 3 de novembro de 2008

divagações urbanas


Vou flutuar esperando seu cheiro. Vamos ser diretos e oferecer um ao outro algo que possa satisfazer, ponderar o egoísmo e ser ...


Ninguém passa pela ponte indelével, a realidade é onírica sobre tanto mar abaixo de nós, todo o maquinário, as luzes, os navios cargueiros, plataformas de petróleo em construção.
Tudo isso me assusta! Vim do meio do mato, de água doce; mar e concreto é estranho demais pra mim.
Quanta gente, individualidades e histórias me cercam, absorvo informações,casas antigas, prédios comerciais prósperos e decadentes, declínios e progressos, um tipo de história que passa em círculos, são novidades antiqüíssimas, sobrados com ares modernos e precárias moradias, odor da pobreza e cheiro forte de fragrâncias raras.
Um mar de lama e fama, é louco isso tudo, depende de uma harmonia afinada, são nuances que nem sei de onde vem, tento aguçar meu olhar e refinar minha escuta.
Tanta coisa na cidade fala e espera respostas de mim.
Tomei o metrô lotado, desci no ponto errado, corrigi meu percurso e troquei olhares pra aliviar.


Este foi o primeiro dia de muitos outros, atravessei a bahia e de lá me lancei no mar, vamos ir ao fundo de todas as coisas.