domingo, 8 de junho de 2008

é assim


E como se um trem tomasse sua casa, vasculhasse sua alma, seu quarto, seu jardim. A poeira baixou quando a chuva veio, a noite caiu. Meu medo cai, quando quero também caio, e quando não quero também, e mais, e mais vezes, e outras e outros dias e noites e semanas inteiras e noites de janeiro e sábados.
Considerando cada dia nosso como um outro fato acontecido, seu pensamento estava azul no domingo. Segunda-feira chegará, e esse domingo se encurta ainda mais.

Lembro-me daquele dia como se fosse hoje.
— Como você vai se vestir para assistir ao espetáculo? – eu perguntei.
* * *
— E então, como eu disse, a cena é a seguinte: eu coloco o som, você entra por aquela porta.
— Você preparou o café cedo. Quando vi já estava dia quente e já era bem tarde pra se tomar café. Pensei num almoço pra nós dois. Verifiquei os alimentos disponíveis e preparei o que foi possível com meia batata, duas colheres de margarina e um ovo...
* * *

Amanhã eu chego aí na praia, e o sol. Essa frente fria não passa, adoro ver o mar ao seu lado, adoro o seu lado, a sua frente pernas e pés, adoro quando me toma...

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